Há alguns canais onde encontra-se praticantes, creio que alguns com mais qualidade, outros com mais quantidade rsrs
Os canais que eu conheço e que julo relevantes:
Chat do UOL > Sexo > Mais Salas de > Sexo > Sadomasoquismo > SP e RJ (no meu caso que estou em SP… mas as salas dos dois estados são as mais ativas mesmo…
Bom porque tem muita gente, ruim porque tem muita gente… entendeu?
Fetlife(rede social que tem recursos de comunidade, fórum, eventos, perfis) o que permite que você encontre pessoas por afinidades, por preferências, localidade, etc…
Bom porque é mais focado, ruim porque tem panelinhas… mas acho que fonte de informação é o mais interessante por enquanto.
Site do Sr. Verdugo – Creio que um canal interessante para encontrar material de referência, de um dominador que é engajado e sério, lá também tem um classificado legal, é preciso ser registrado para ter acesso às informações dos anunciantes…
Tenho a impressão que todos se escondem atrás do papel de dominadores ou até com mais frequência quando são submissos, mesmo sendo importantes diretores de grandes empresas se vêem diminutos diante da montanha de preconceitos e aparências que “precisa-se” manter. Pois é, eu sou um que prefere não revelar minhas preferências e modo de vida, para não ter que ficar explicando isso ou aquilo para amigos, familiares ou colegas de trabalho.
Mas tenho a impressão que apesar do Fetlife ser um canal interessante de integração, nós não temos nenhum canal brasileiro que acolha a comunidade bdsmista não é? ou alguém sabe de algo que eu não sei? pode indicar?
Claro que já ouvi falarem que sem a submissão o dominador não é nada, sem que a submissa ceda a transferência de poder, ele não faz nada.
Óbvio, mas isso é contado de forma um tanto pobre…
Eu diria que a relação não existe se faltar um dos elementos básicos!
Vamos lá, eu já conversei com pessoas que eram dominadoras e depois tornaram-se submissas e o contrário também.
Switcher na minha opinião não existe. É como se ele fosse um fetichista que curte dominar ou ser subjugado em algumas situações e só… mas essa coisa de dualidade me deixa louco rs
Acredito que simplesmente, se o dominador abre espaço para que a submissa mande e desmande ou tenha escolhas fundamentais que afetem a vida do dominador ou a relação dos dois, não tem-se aí uma relação plenamente BDSM… pode-se até dar algum outro nome pra isso, mas não existe dominador subjugado.
Não vejo qualquer problema nisso, as pessoas fazem o que as tornam felizes e essa é a parte importante da coisa, o resto é blablabla, mas relação plena BDSM não tem isso. Eu acabei de postar algo sobre as relações BDSM e acredito que complemente esse meu raciocínio… você pode ler sobre isso aqui: Relação BDSM/baunilha
Acredito que uma relação não precise de uma definição, ela só precisa ser. Precisa sim satisfazer as necessidades e vontades dos envolvidos, mas caber em uma definição é outra história, e quem está preocupado com isso nunca terá tempo para fazer a sua relação ser plena. Seja ela uma relação BDSM ou originalmente baunilha.
Ver uma relação etiquetada com o nome BDSM é o mais comum e confesso que eu mesmo uso o rótulo, pois facilita a comunicação e o entendimento. Mas quando vale a pena dissecar o termo e ser prolixo o bastante como bom capricorniano que sou, então eu gasto o verbo e falo logo tudo o que penso a respeito… e infelizmente não vai caber neste post tudo o que eu gostaria de dizer sobre a definição de uma relação.
Vamos organizar então o que estamos falando…
É uma relação BDSM quando se há duas figuras fundamentais para tal, (no mínimo). Sendo o dominador e a submissa ou o sádico e a masoquista.
Falo de papéis feminino e masculino apenas pela minha opção heterossexual e obviamente existem dominadoras e submissos, mas eu entendo que você percebe meu ponto de vista ok?
Então, imaginamos que na relação BDSM os envolvidos usam de práticas ditas as criadas para fins de extração da alma BDSM… e isso inclui chicotes, velas, tortura, couro, latex, vibros, consolos, pregadores e toda a parafernália que usamos de brinquedos, ferramentas ou seja lá qual for o nome que você dá para eles.~
Aí vem algumas questões que para mim são fundamentais:
Se há amor numa relação BDSM, o dominador vai conseguir açoitar a sua submissa?
Na relação BDSM, os envolvidos fazem coisas “normais”?
Se a submissa não amar o dominador, (normalmente acontece em relações que limitam-se em sessões) ela vai se dedicar de corpo e alma?
Minhas respostas para isso:
Sim, vou conseguir açoitar e minha cumplicidade e envolvimento com toda a cena com ela, serão muito maiores. Entender a questão de castigo, dor, prazer relacionado a poder, pertencer, nexo de propriedade… é fundamental para sacar onde está o segredo disso e não fazer essa pergunta.
Obviamente, as ditas coisas normais seriam ir ao cinema, andar de mãos dadas na rua, tomar um sorvete juntos, viajar com amigos que se descobrirem que vocês curtem um açoite e velas, vão sair correndo…
Aqui, depende… Porque pode até ser que ela seja uma submáquina e ela consegue usar os recursos da sua submissão de forma efetiva mesmo não se envolvendo. MAS na minha opinião, temos 2 pilares fundamentais numa relação BDSM completa: confiança e envolvimento. Sem eles, é impossível dizer que se tem uma relação BDSM com profundidade.
Então uma relação BDSM é como qualquer relação baunilha, a não ser pelo botão de SM Mode: ON que faz com que alguns detalhes das práticas sejam trazidos à mesa… ou à cama… e claro, toda a postura que se exige de uma relação D/s, mesmo no dia-a-dia, onde a submissa é submissa…
Ainda não fiquei satisfeito com esse post. Aceito comentários e podemos discutir algo a respeito que tal?
Há uma continuação do romance, com o título de Retorno a Roissy, este eu só assisti o filme e não recomendo a ninguém que perca seu tempo com ele… ele é simplesmente péssimo, em todos os sentidos… e parece que não trata-se da continuação da mesma história.
(alguns browsers podem abrir o PDF diretamente, se quiser baixar o arquivo nesses casos, clique o botão direito do mouse no link e selecione a opção “salvar link como”)
Vou começar com um livro muito conhecido no meio, que tem uma versão em filme, que considero um dos filmes mais importantes sobre BDSM. Ele tem na sua raiz o conceito de propriedade que o BDSM sugere, sobre alguém que pertence ao dominador. O filme é leve e gostoso de assistir, sem cenas fortes de sexo nem qualquer exagero na minha opinião. Em breve irei postar um link para quem quiser assistir A história de O, ou como é o título original, Histoire d’O.
Gosto da descrição sobre o livro que existe no Wikipedia, apesar de não gostar desta fonte, mas esta é uma outra história e deverá ser contada em outro momento.
A História de O (em francês: Histoire d’O) é um romance erótico escrito por Anne Desclos sob o pseudônimo Pauline Réage e publicado na França em 1954.
Breve resumo
“O” uma fotógrafa de moda parisiense, se deixa levar sem resistência por seu amante René ao isolado castelo de Roissy. Roissy é uma propriedade particular; no seu interior muitas mulheres são educadas para serem submissas à vontade dos homens. “O” deixa-se ensinar para ser uma perfeita submissa. Como parte de seu treinamento, ela é amarrada, chicoteada, mascarada e aprende para ser a qualquer momento e para todos sexualmente disponível.
Depois de completar sua formação, ela, como mais uma prova do amor, concorda com o pedido de René para viver temporariamente com um amigo paternal dele, Sir Stephen, e se submete incondicionalmente aos desejos dele. Sir Stephen revela-se ainda mais dominante que René, por isso “O” apaixona-se por ele. Como prova final de seu amor, ela passa por um treinamento ainda mais rigoroso, em um lugar habitado e gerenciado exclusivamente por mulheres, denominada Samois. Lá, ela concorda em obter uma marca de ferrete e um piercing na vagina, como o sinal definitivo de sua submissão.
Tudo é descrito na perspectiva da heroína, cuja vida interior é retratado de uma maneira sutil, sem ser avaliada moralmente ou psicologicamente. É famosa uma cena de violação e tortura em que ela repara que os chinelos de seu amante são gastos e ela teria na próxima oportunidade adquirir novos. Na linguagem e estilo, a obra fica na tradição da literatura clássica francesa. Apesar da temática o livro é escrito sem palavras obscenas.
Relevância
Pela qualidade literária e pela considerável coragem com que trata o tema da submissão sexual feminina em um estilo cru e direto, o romance se tornou um dos ícones da literatura erótica do século XX.
Provocou fortes reações do público e da crítica, e recebeu o prêmio de literatura erótica Les Deux-Magots, em 1955.
Autoria
Anne Desclos publicou o romance sob o pseudônimo de Pauline Réage. Quinze anos mais tarde, em 1969, ainda como Réage, publicou uma continuação do romance de O, intitulada Retorno a Roissy.
A real identidade de Pauline Réage só foi revelada em 1994, numa entrevista concedida à revista americana The New Yorker.
inspirado pela avalanche de informações que consulto com frequência em sites gringos, foruns, conversas, sempre quis parar para escrever algo.
Hoje, finalmente após me lembrar de uma longa conversa com uma sub que não conheço, mas que foi muito frutífera, essencialmente sobre o conceito BDSM e tudo o mais que pode influenciar nas decisões de uma submissa ou de um dominador no caminho da relação plena originalmente BDSM, com conceitos às vezes nem tão “ortodoxos” mas propriamente válidos e que na maioria das vezes fogem da liturgia mas que sempre tem algo a adicionar para qualquer apreciador do BDSM, resolvi então começar a registrar minhas experiências e pontos de vista.