O dominador
Conheci o BDSM há 29 anos, tendo me engajado definitivamente como dominador no mundo BDSM há pouco mais de 24 anos atrás.
Não sou um dominador que segue o manual, tampouco tenho pretensão de ditar qualquer conceito ou impor meus pontos de vista sobre o mundo BDSM, isoladamente o sadomasoquismo ou D/s.
Vivo em constante transformação e tenho fé que um dia o Brasil terá bons lugares para expressarmos nosso meio de vida, sem que BDSM seja apenas uma sigla que mais parece nome de imposto…
Em breve vou descrever minhas preferências, algumas de minhas experiências, compartilhar fotos BDSM que gosto, citar links, vídeos, técnicas, canais de comunicação, etc…
O espaço é limitado à minha dedicação, mas aceito de bom grado qualquer colaboração, sugestão de pauta, comentários e opiniões. Não tenho intenção de criar aqui um espaço para discussão, mas podemos sim fazer deste blog um pequeno espaço sobre o tema BDSM.
Sobre meu pseudônimo no BDSM:
Era preciso adotar um pseudônimo para ser identificado, então, com base em algo que eu havia estudado sobre história, leis e especificamente penas e torturas, cheguei a um nome que inclusive gosto da confusão que ele causa, com algo relacionado a dragões, que me inspiram e dão vida a muitas viagens das minhas sinapses, mas que é só uma confusão, pois o nome nada tem a ver com eles.
Drácon foi um legislador ateniense extremamente severo, do século VII a.C, considerado o primeiro a fazer as leis entre os atenienses. Seu código de leis durou até a época de Sólon, 47 anos depois… e deste, Sólon manteve apenas as leis relativas ao homicídio.
Deve-se a Drácon o começo de um importante princípio do Direito Penal: a diferença entre o homicídio involuntário, voluntário e legítima defesa.
Então pois: Draconiano…
Saudações BDSM/draconianas a todos.
Práticas BDSM que aprecio
Entre as práticas que vivenciei, estão algumas que aprecio e experimento com mais frequência, algumas que eu nunca voltarei a experimentar, outras que quero um dia viabilizar.
Em geral aprecio práticas que mexam com a emoção das partes envolvidas. Que consigam representar grande profundidade do conceito BDSM e tenham impacto que seja mais perene e não tão volátil como normalmente são as surras.
Uma das experiências mais interessantes nas práticas que já exerci, seria o Blind Date, onde a submissa está vendada desde o primeiro contato comigo, pode sentir meu cheiro, meu perfume, ouvir alguns movimentos meus, eventualmente me tocar… ser tocada e explorada, com a visão impedida. Também classificado como privação de sentidos, por conta de privar a visão, é com certeza a prática BDSM que mais aprecio, seja pelo fator de impacto emocional, pelo medo que pode estar envolvido… e na minha opinião, em dose razoável o medo é um ingrediente bem interessante no BDSM, ou seja ainda pela experiência sensorial que as privações proporcionam, a cessão de poder que resulta no blind date é com certeza um ponto de peso e respeito da minha parte.
Velas são outras ótimas aliadas do blind date e estão entre minhas práticas preferidas, há cuidados especiais e grandes que são necessários quando se fala em velas, queimadura e temperatura… que pretendo com o tempo dissertar um pouco a respeito aqui.