Blind date, muito além de um encontro às escuras
De todos os sentidos que temos, acredito que a visão seja a que mais influencia em nossas decisões, em nossas vontades, em nosso equilíbrio. E por aí vai uma lista imensa de possibilidades que este sentido nos traz.
O blind date, muito mais do que um encontro às escuras, é na minha opinião uma privação de sentidos intensa e que propicia uma riqueza de interações e sensações que está diametralmente oposta a tudo o que esse sentido permite, e por essa razão é a força motriz que impulsiona sentimentos únicos e intensos; carregados de prazer e volúpia. Além é claro das possibilidades de se potencializar outras técnicas do BDSM, combinando práticas que só o dominador pode ditar.
A submissa vendada, o dominador aguçando seus sentidos
Um bom blind date acontece antes que a parte que será vendada conheça o corpo de seu dominante. É um sinal de risco, entrega, confiança; um convite ao prazer, à descoberta, às possibilidades que a troca de poder pode propiciar.
Imagine uma cena onde a submissa chega primeiro, prepara o ambiente, velas, aromas, pétalas de flores pelo caminho, uma música gostosa, meia luz, alguns acessórios dispostos de forma organizada em cima da mesa, uma garrafa de vinho no balde de gelo, e a parte mais importante da cena… a submissa, linda, ajoelhada de costas para a porta, respiração profunda, pele arrepiada, vendada, excitada e com medo, trêmula, à espera de um dominador que a seduziu, que vai marcar a sua pele com palmadas fortes, mordidas, chicotadas e com cordas que apertam seu braço e tornozelo.
Então finalmente o dominador chega, ela ouve seus passos, ele tranca a porta, a respiração dela entra num ritmo torturador, ele caminha pelo quarto, a observa, imóvel, trêmula, louca de desejo misturado com medo. Ele chega perto de seu ouvido, elogia seus cuidados sobre como se vestiu e cuidou de tudo, diz que está excitado por começar e explorar nela o maior prazer que o seu corpo pode dar, usá-la, submetê-la. Ela está mais trêmula a cada segundo… ele tem uma fala suave, diz as coisas perto de seu ouvido, de forma devagar, voz baixa, arfando o calor que ela poderá talvez sentir em sua boca mais tarde.
O blind date é com certeza a prática que mais aprecio. Talvez eu continue essa cena, tenho certeza que já é possível construí-la de forma bem rica a partir deste ponto… e é possível entender porque pode ser algo intenso e único.
Continua? talvez… E você, gosta do blind date?
Da forma como descreve parece ser muito bom mesmo. Você faz isso é nunca mais se veem? Ou melhor ela não fica sabendo quem você é?
Olá! Sim, é muito bom… Eu diria que é a minha prática favorita.
Depende de como se dá cada situação, em alguns casos eu só tive uma experiência, em outros tive várias experiências e a sub nunca tirou a venda, em outros ainda; eu tive várias experiências e depois da terceira ou quarta vez, a sub pôde removera venda. Isso depende de cada acordo, e como as coisas acontecem, se está bom para os envolvidos, vai-se criando as coisas conforme continuar sendo interessante.
É uma das práticas que mais aprecio.
É a minha prática preferida. As privações de sentidos são muito interessantes.
e a parte ke mais amo o silencio a paz e a entrega
so a respiração de ambos e o mumento
Sim, é uma prática muito prazerosa. Seria interessante a continuação da cena com o controle da respiração, que também aprecio. Gostei do post.
sub helena